segunda-feira, 30 de abril de 2018

Mais do mesmo!



Pessoas, tenho lido muito a respeito do câncer de mama e queria alertar às minhas amigas e queridos aqui do meu face, sobre algumas das descobertas que tenho feito:
1 - Causas:
Apenas 15% dos cânceres de mama são causados por hereditariedade contra 85% são causados por fatores que podem ser evitados e controlados: tabagismo 30%, má alimentação 30% e o restante são fatores como poluição, estresse, sedentarismo, alcoolismo e outras causas.
2 - Prevenção:
Se você não bebe, não fuma, pratica exercícios regularmente e faz uma alimentação saudável, já tem boas chances de se ver livre da doença. Mas, o que é uma boa alimentação? Resumindo bem: não consumir produtos industrializados, alimentos livres de agrotóxicos e reduzir o consumo de carne vermelha já é um bom começo.
3 - Informação:
O fato de você ter nascido mulher já é um fator de risco para o câncer de mama, o que não significa que homens também não possam desenvolvê-lo - mas a porcentagem é muito menor. Até ser diagnosticada não fazia ideia de que somente a mamografia não era o suficiente para monitorar o meu corpo. Só quando tive um tumor de 2 cm palpável que fui descobrir que a mamografia - que eu fazia anualmente - poderia não mostrar o meu tumor. É preciso fazer a mamografia (muitos tumores, como de origem por calcificações, só aparecem na mamografia), mas não deixem NUNCA, nunca, nunca, de fazer um ultrassom (tumores como o meu não aparecem na mamografia por serem muito parecidos com o tecido mamário). Eu estou insistindo muito nessa tecla, porque eu senti na pele não ter feito um ultrassom em 2017. Se tivesse feito um ultrassom há um ano, junto com a minha monografia, teria pego o meu tumor ainda "in sito" e as chances de cura seriam de 100%. Não é preciso ficar paranóica com isso, mas não custa nada fazer junto com a mamografia um ultrassom.
4 - Ajudando o seu corpo te curar:
Depois do diagnóstico descobri que não preciso ficar de braços cruzados esperando o médico e os remédios fazerem todo o trabalho. Eu posso fazer muita coisa para ajudar o meu corpo restabelecer a saúde: exercícios físicos, uma alimentação adequada desde o primeiro instante, equilíbrio emocional e aumentar a minha imunidade. Tenho trabalhado incessantemente nisso. Eu tenho a obrigação de ajudar o meu organismo a sair dessa, já que tenho uma boa parcela de responsabilidade por tê-lo colocado nessa situação.
5 - Não se desesperar:
Num primeiro momento você acha que a sua vida acabou, que nunca mais vai ter paz ou conseguir viver livre, como era antes do diagnóstico. Eu percebi que não sabia absolutamente nada sobre o câncer. E mesmo com tanta informação disponível em sites confiáveis, a gente não sabe quase nada sobre a doença. E não somos só nós pobres mortais não. Nem mesmo os médicos (não especializados) sabem muito quando pegam o laudo da sua biópsia. Eu levei mais 15 dias pesquisando muito até descobrir, por exemplo que o Grau I de Nottinghan - que veio escrito no meu diagnóstico significa que os meus linfonodos estão negativos, ou seja, ainda não há metástase. Passei mais de 15 dias super preocupada com a gravidade da minha doença, quando no próprio laudo da minha biópsia já tinham informações que nem a minha mastologista e nem o meu ginecologista souberam me explicar. Precisei ler uma tese de doutorado inteira sobre o assunto para entender o meu laudo. E claro, pesquisando evidentemente em sites confiáveis. Na verdade, quando você lê "carcinoma ductal INVASOR..." você já acha que o seu caso não tem solução e depois de pesquisar muito, perguntar muito para os amigos médicos, você descobre que dentro de um diagnóstico há várias outras coisas que podem complicar ou facilitar a sua cura. Além disso tudo, acredito que a forma como encaramos olhar para o que está acontecendo muda muito o modo como vamos passar pelo árduo caminho do tratamento e da cura;
5 - Se prepare:
Muita gente me diz para não ficar pesquisando sobre a doença, sobre o tratamento, porque isso só me faria sofrer antecipadamente por algo que talvez eu nem venha passar. Concordo, em partes. É claro que é preciso muito cuidado na busca por informações, principalmente num terreno nebuloso como a Internet. É preciso muita cautela e verificar a confiabilidade das informações e o que você está pesquisando. Eu por exemplo, já tenho uma ideia de como será o tratamento, uma vez que o meu ginecologista já me adiantou: cirurgia, quimioterapia e radioterapia serão necessários.
Então o que eu estou pesquisando? Coisas como: "quais os efeitos colaterais da quimio e radioterapia e como se prepararam para minimizar esses efeitos?" É uma delas. Também pesquisei minunciosamente cada item do laudo da minha biópsia para saber exatamente o que tenho e qual a gravidade. Descobri coisas muito interessantes e já sei de antemão como poderei melhorar a minha vida durante o tratamento.
6 - Não se abale com comentários:
Muita gente vem te contar histórias de casos de sucesso. OK! Isso ajuda muito a nos manter fortes e confiantes, mas muita gente também virá te contar sobre aquela amiga que morreu lutando justamente com a mesma situação que você está vivendo. Mas, acontece que: cada organismo é único! Cada pessoa reage de diferentes formas ao tratamento e até que todas as possibilidades se esgotem, há chance para você. Eu escolhi me agarrar aos casos de sucesso.
7 - VIVA!
Não perca uma única oportunidade que seja de viver, de ser feliz, de se fazer feliz. Porque a verdade é que estar vivo, nesse instante, é o verdadeiro milagre. Não só por ter ali na sua gaveta um diagnóstico de câncer, mas porque um simples escorregão no banheiro, de manhã, pode mudar tudo. Viver é algo sublime. Aproveite!
Orem por mim,
Torçam por mim!

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